segunda-feira, 4 de abril de 2016

Uruaçu – Prefeitável Eunice: ‘Nós merecemos uma cidade melhor’

 Em entrevista, a pré-candidata a pefeita Eunice Aparecida Faria (Eunice, Professora Eunice ou Nice) (PDT) comenta diferentes assuntos e, diz que Uruaçu pode melhorar: “Quero muito acreditar que tem jeito sim e prego isso, mas sei que fácil não é!”. Comentando que anda e dialoga, diz: “Estamos trabalhando, falando para os amigos, conhecidos, pessoas da sociedade que temos o ideal de administrar Uruaçu”. Leia sobre todos os temas, abaixo – Fotos: Márcia Cristina

Eunice (esq.) e a deputada federal Flávia Morais, durante Encontro em Trindade – Foto: PDT/Divulgação

Doutor George Morais (esq.), Eunice e vereadoriável Eduardo Jaguar, em Trindade – Foto: PDT/Divulgação

Também no recente Encontro na Grande Goiânia: Eduardo Jaguar, Eunice e a vereadoriável Tiana Barroso – Foto: PDT/Divulgação

Pré-candidata Eunice, discursando em reunião suprapartidária (da chamada Terceira Via) de 17 de março em Uruaçu


17 de março: prefeitáveis Xuxa (PRP) (esq.), Professor Francisco (PROS), Eunice (PDT), Machadinho (Democratas) e doutor Juarez Fernandes Lourindo (PSB)

Pessoa centrada, uma de suas características é a defesa do bom planejamento na Administração pública. Comente.
Tem que planejar! Não é isso o que percebemos. Eu vejo assim: se você não ouve a comunidade, o companheiro, acha que está tudo bem, está tudo normal. Você não vai melhorar em nada porque já está bem. Sempre digo que é preciso estar conversando com a comunidade, tendo contato com as pessoas que usam, por exemplo, a área da saúde pública, para saber se realmente esse setor está atendendo as necessidades, se o usuário está sendo bem atendido ou não.

Uma vez mais pré-candidata a prefeita, como vão as suas atividades?
Sim, sou pré-candidata a prefeita de Uruaçu. Nós estamos com essa meta, conversando com outras pessoas, fazendo visitas, dialogando com os amigos, porque o primeiro passo é esse. Temos que tentar buscar apoio dos amigos, da família, porque se os amigos e a família não forem favoráveis não tem como caminhar para frente. É uma coisa que temos no dia a dia nosso, sempre procurando pelas informações, tanto dos amigos, quanto da família e, se for positivo a gente segue em frente, se não, a gente recua. Estamos fazendo visitas, não vou dizer que andamos muito, mas estamos trabalhando, dentro das normas eleitorais, falando para os amigos, conhecidos, pessoas da sociedade em geral que temos o ideal de administrar Uruaçu. Ainda tem um caminho longo pela frente.

Seu nome representa o novo e isso é favorável perante o eleitorado. Como se sente?
Não deixa de ser. E, vai depender também do nosso trabalho daqui para frente: se vamos conseguir convencer as pessoas, porque hoje vejo a dificuldade maior que nós enfrentaremos, além do desgaste geral da classe política, desde lá de cima até aqui. O povo está descrente e, o eleitor ainda tem que enfrentar fila imensa para o recadastramento [biométrico]. Eu estive no Cartório, as pessoas não estão gostando de votar faz tempo, tem que recadastrar, junta tudo isso e não compensa, porque ouvimos muito, sobre os políticos em geral: É tudo igual! A hora que chega lá não faz diferente não!. Eu quero muito acreditar que tem jeito sim, eu quero muito acreditar que os bons são maioria e nós merecemos uma cidade melhor. Nós temos que mudar em Brasília, em Goiânia temos sim, mas se começar a mudar aqui nós vamos chegar, lá com certeza.

Além de ter bom potencial eleitoral, sua pessoa é uma espécie de queridinha, muitos gostariam de tê-la como candidata a vice. De que forma lida com isso?
Nós estamos conversando, vejo que ainda é muito cedo para falar em y ou b. Ainda vai levar um tempinho, mas em momento algum fechamos as portas. As conversas são com diversas pessoas e, depois que eu vim para o PDT muitos ficaram felizes. Se de outro lado alguns acharam que eu estava atrapalhando, é gratificante você ouvir de alguém que você vai somar em algum lado, sinto lisonjeada, isso só aumenta a minha responsabilidade. Estamos aí conversando, espero realmente que possamos fazer uma coligação boa, com pessoas sérias que querem mudar, fazer alguma coisa diferente. Essa história de que todos são iguais já ouvi em diversas situações e aí a gente se pergunta: Será que vale a pena? Mas se eu acredito que é possível mudar esse quadro de descaso do nosso país inteiro, por isso não posso abandonar o barco, porque se abandono eu estou dando espaço para os demais.

Vereadoriáveis: o PDT lançará chapa competitiva?
Sim e lutaremos para eleger número máximo de colegas para a Câmara. Temos em torno de 15 nomes de homens e uns oito nomes de mulheres. Estamos com uma certa tranquilidade nessa situação. Além da Tiana Barroso [Sebastiana Paulino Bueno Barroso, presente na Redação, durante a entrevista], temos: Paulinho do Sacolão, Divino Negão [Divino Ferreira Maia], João Fonseca, Eduardo Jaguar, Manoel José Alencar e outros bons nomes.
Nota da Redação: outros pré-candidatos a vereador pelo PDT: Ana Caroline Pereira dos Santos, Márcio Alves Santana (Pelé), Carlos Eder Santos, Cristiano Coutinho da Silva, Divina Maria Vieira, Guilherme Fontes Mendes, Hélio Rodrigues Félix, Hilda Gonçalves de Almeida e Miriam Cardoso de Souza.

Como foi a sua transição para o PDT?
Um momento difícil, pois foram muitos anos que militamos em um partido [PMDB], nunca tive pretensão de ser candidata, antes das eleições 2012, mas sempre gostei de estar no meio, acreditando naquela ideologia, naquela equipe, turma que sempre trabalhou ali. De repente, a gente começa a se sentir que não estava comungando com a forma de trabalhar, com as ideias [referenciando a Administração 2013-2016 de Uruaçu]. Num primeiro momento, pensei em ir embora para casa e cuidar da minha vida, minha família e deixar as coisas acontecerem, só que a partir do momento em que você tem um nome público a comunidade cobra isso. Quando a doutora Carla [de Oliveira Faria – advogada com atuação em Uruaçu; hoje vice-presidente da Comissão Provisória do PDT local] e doutor Murilo [médico, esposo de doutora Carla] telefonaram, me convidando para ir para o PDT, inicialmente assustei. Foi o que aconteceu. Eu avaliei, salientei que o PDT é um partido com o qual tenho certa afinidade. Conhecendo a história do PDT não tem esse que não se apaixona. Em Goiás, nós temos a Flávia Morais, deputada federal [em segundo mandato], fazendo trabalho belíssimo que admiro muito, sempre tendo o incentivo do esposo dela, o doutor George Morais [médico; presidente do PDT em Goiás; prefeito de Santa Bárbara de Goiás-GO {1993-1996} e, de Trindade-GO {2001-2004 e 2005-2008}; deputado estadual {eleito para legislatura 1999-2003, em 31 de dezembro de 2000, renunciou para assumir a Prefeitura trindadense}; ex-presidente da Associação Goiana de Municípios {AGM}]. Então, esse conjunto positivo foi uma das coisas que me levou a dar o sim para eles, aceitando o convite. Valorizo demais o trabalho social que o partido e todos eles têm em Goiás e, sei que fiz boa opção.
Nota da Redação: a Provisória é composta também por José Carlos Ribeiro da Silva ([Zezinho] – secretário); Elenice Elvira Batista Santana (tesoureira); e, Paulo Alves Silva (membro).
Nota da Redação: entre as atividades desenvolvidas, está o programa Saúde em Movimento, com trabalhos assistenciais, ajudando usuários cuidarem da saúde e, que por diversas vezes contemplou a população de Uruaçu, conforme diferentes reportagens e notas publicadas pelo Jornal Cidade.

Sabe-se que foram cerca de 30 anos. Sua saída foi sem atrito?
Eu queria sair do PMDB, estava com isso na cabeça, apesar de ainda não ter falado nada com o PMDB, diante da Prefeitura e nem em casa, quando a doutora Carla e o doutor Murilo fizeram o convite. Logo, eles conversaram com a Flávia Morais, agendando uma visita comigo, em Goiânia, tivemos a reunião e oficializamos. Quando voltei de Goiânia, entreguei o cargo de secretária municipal, agradeci ao [Poder] Executivo e disse que não dava mais, expliquei o acontecido e a saída do partido. Vivemos em um país democrático, temos direito de ir e vir. Nos primeiros dias considerei meio estranho, mas hoje está tudo bem. Militei 30 anos! Não teve discussão, agradeci e entreguei meu cargo, a única coisa que a Solange [Bertulino, prefeita de Uruaçu] falou foi que se eu tivesse falado com ela antes, a mesma teria arrumado um partido para me filiar. Vejo que eu não precisava dar esse trabalho para ela, mas sei que alguém da equipe dela falou ter sido um limpa o que se fez no partido. Isso eu falei para ela – “Olha Solange, jamais imaginei que eu estaria prejudicando o município. Se eu soubesse disso...! Vocês poderiam ter falado, que nós teríamos saído no primeiro dia [1º de janeiro de 2013; ela, aliados e simpatizantes comissionados]. Sempre pensamos que estávamos ajudando”.

Como vem sendo esses primeiros meses no tradicional PDT uruaçuense?
Filiei em setembro de 2015. Hoje eu estou na presidência da Comissão Provisória, atuando com seriedade e responsabilidade. Quando assumimos, estivemos no escritório [político] da deputada Flávia Morais, com eles nos passando informações sobre filiados veteranos. No primeiro momento, olhamos e não conhecíamos praticamente ninguém, mas depois fomos interagindo, conversando e as pessoas vão se apresentando e falando que são filiadas. Descobrimos algumas pessoas, média de trezentas e poucas filiadas, aqui no município, que são filiadas desde 1992. Depois que entramos, conseguimos filiar mais 150, 160 pessoas e, é muito bom todos estarem na sigla e caminharem com a gente. O PDT é o partido do Leonel Brizola [político gaúcho com atuação destacada no Rio de Janeiro, falecido em junho de 2004]; do senador Cristovam Buarque [pelo Distrito Federal, atualmente no PPS]; da Flávia Morais, que faz um bom trabalho em Uruaçu. O PDT tem muita afinidade com a minha forma de trabalhar, o meu jeito de atuar. Passados uns dias, fui conversar com a doutora Carla e, eu disse a ela que aquela novidade não significava que eu seria obrigada a ser pré-candidata e candidata. Ela disse: “Não, Nice! Nós precisamos de alguém para estruturar o partido e tudo mais”. Pensei que eu fosse para casa cuidar de mim, da minha família e pronto. Passaram os meses e a realidade é que sou pré-candidata a prefeita. E prossegue nossa campanha de convites para filiações. O PDT é o partido que mais cresce em Goiás e em Uruaçu não é diferente. Venham, vamos conversar, filiem no PDT de Uruaçu, no PDT do seu município. Estamos convidando.

De que maneira avalia a simplicidade da Flávia Morais e do doutor George Morais?
São bons dirigentes e eles têm um carisma muito grande, uma simplicidade grande. Eles andam por todo o Estado de Goiás e o contato com as pessoas é corpo a corpo, olho no olho, o que é muito importante. O Eduardo Jaguar comentava recentemente sobre a simplicidade da Flávia Morais, inclusive de que ela é gente como a gente. Tanto ela, como o doutor George. Também vimos depoimentos nesse sentido de todos os prefeitos e outros oradores presentes em um Encontro do PDT realizado em Trindade.

Uma comitiva de uruaçuenses se fez presente nesse Encontro, em Trindade. Comente.
Já tínhamos ido em outro Encontro, de Goiânia, em dezembro, que foi muito bom. E participamos do Encontro do PDT em Trindade, que foi ainda mais diferente para melhor, superando, em número de pessoas e nas informações. Eu, a Elenice, a Tiana, o Eduardo Jaguar fomos. Convidados a participar, aproveitamos para aumentar nossos relacionamentos e conhecimentos coletivos ou próprios. Já no café da manhã, conversamos bastante. No evento em si, as orientações se apresentaram cada uma mais importante que a anterior. Sobre as eleições que estão vindo, suas mudanças através da minirreforma de 2015. Quanto às novidades para 2016, o comando do PDT também é muito preocupado com isso. Todas as vezes que fomos ao escritório, uma das preocupações centrais foi e é essa. A orientação é para todos os militantes, informando, com assessoria parlamentar, com assessoria jurídica à disposição, palestrantes, com atenção da direção, da deputada e muito mais. A pauta de Trindade foi mais voltada para essa parte, inclusive nas falas do doutor George e da deputada Flávia. O objetivo foi realmente nos orientar sobre os procedimentos na pré-campanha, na campanha, no pós-campanha, no ato de tomar posse, daí por diante. Foi explicado: posteriormente ao Encontro, sempre que precisarmos de qualquer informação, o PDT presta assistência para os filiados nas cidades. Sentimos a cada dia a preocupação especial que eles têm. A preocupação é informar a todos, o objetivo principal é ganharmos as eleições para prefeito, para vice-prefeito, elegermos bons vereadores, em Uruaçu e em outras cidades. Mas, precisamos ganhar as eleições e realmente estarmos em ordem para tomarmos posse, principalmente agora, devido as mudanças que vieram. Em toda sigla, algo pode ocorrer: o risco de alguém ser eleito e não conseguir tomar posse, por exemplo, devido falha contábil na prestação de contas. Nosso comando estadual do PDT tem toda uma preocupação, pois quer o bem dos pedetistas.

Voltando atenção novamente para a atuação na Prefeitura: é de conhecimento público que na condição de secretária municipal da Habitação, sua correta atuação produziu bons frutos, beneficiando centenas de famílias. Como se sente?
Desde a função anterior, comandando a [Secretaria Municipal da] Administração, eu tentei fazer o possível e com qualidade, com o que tínhamos de melhor nas mãos. A boa vontade de atender as pessoas, visando resolver os problemas, na Administração, administrativo mesmo. Isso, conversando, resolvendo situações das pessoas, tanto funcionários, como da população. Na Habitação, por exemplo, fizemos o cadastramento das famílias para serem beneficiadas com as casas [de diferentes projetos habitacionais]. Foi até falado: Vamos fazer um levantamento das pessoas que precisam de um cheque-reforma, porque o município vai estar ajudando!. Foi providenciado cheque-reforma, em período específico, através de uma entidade. Foi dito que iria ser vista a possibilidade de o município mesmo fazer esse trabalho, só que ficou mesmo no cadastramento. Ali na Habitação, o que a gente sentia, procurava atender com a máxima qualidade, ainda mais que a expectativa era e é enorme. Procuramos atender bem as pessoas, conversar, explicar a real situação, o que estava acontecendo e, na medida do possível, dialogávamos mais a fundo com as famílias das quatrocentas e quarenta e seis casas [de três conjuntos habitacionais – a entrega está agendada para abril]. Não é fácil, tínhamos que contatar famílias praticamente todos os dias. Quando pensávamos que a documentação estava correta, chegava na Caixa [Econômica Federal] e era devolvido, porque a Caixa é muito exigente e tem que ser. Tivemos dificuldades com esses documentos das famílias, para deixar tudo como a Caixa exigiu...

...Seu bom trabalho na Pasta, em sintonia com auxiliares, ajudou...
...Não é fácil mesmo! Mas, na Secretaria cada um tem sua parcela de contribuição e, acho que qualquer pessoa que estivesse lá teria feito o que eu fiz. Têm pessoas muito humildes, que não têm conhecimento, sem acesso a internet em casa, outras pessoas têm dificuldade até mesmo de se expressar. Então, tínhamos que ter essa boa vontade de ajudar os agraciados por causa disso. Sabemos das dificuldades que elas têm e, por mais que você passa orientações por escrito, mesmo assim inúmeras famílias tinham dificuldades. De fato, você tem que ter boa vontade e interesse de estar ajudando as pessoas, mas vejo que qualquer um que estivesse lá teria feito o que eu fiz.

A cidade está feia e as deficiências estruturantes são inúmeras. Isso foi alertado em sua conta da rede social Facebook dias atrás.
Muito desagradável e deixa a gente muito triste. Fazer vídeo, colocar em rede social, acho que não precisa, só mesmo para os arquivos, para fazer uma retrospectiva e não deixar acontecer, cair na mesmice. É bom gravar, filmar, tirar fotos para guardar. Para mostrar, não precisa, basta você colocar o pé para fora de casa que vai ver: o lixo doméstico está deixando a desejar e se apodrecer na sua porta você tem que pegar. O mato está uma coisa absurda. Os buracos nem se fala. A iluminação, por todos os lugares que você vai, o pessoal reclama que está tudo escuro e tudo abandonado. São coisas básicas! Esses dias um colega disse que na saúde [pública] está muito bem, excelente, mas por onde eu ando as pessoas não têm demonstrado isso não. Mas fico contente se está bem, pois o que eu quero é que o povo de Uruaçu seja bem atendido e que tenha seu direito preservado. Reclamar, alertar, acho que é até obrigação do cidadão. Sempre falo: se você acomodar, você também não tem o direito de reclamar do que está acontecendo lá fora. Essa é uma preocupação que sempre tivemos... De estar no meio, saber o que está acontecendo e, hoje continuamos com o mesmo ideal e objetivo de querer uma cidade melhor, de querer trabalhar em prol do nosso povo, porque merecemos uma cidade melhor e é por isso que estamos nesta luta.

Pessoa centrada, uma de suas características é a defesa do bom planejamento na Administração pública. Comente.
Tem que planejar! Não é isso o que percebemos. Eu vejo assim: se você não ouve a comunidade, o companheiro, acha que está tudo bem, está tudo normal. Você não vai melhorar em nada porque já está bem. Sempre digo que é preciso estar conversando com a comunidade, tendo contato com as pessoas que usam, por exemplo, a área da saúde pública, para saber se realmente esse setor está atendendo as necessidades, se o usuário está sendo bem atendido ou não. Existe muita reclamação de usuários que chegam nas estruturas da saúde e as pessoas não sabem conversar... Seja o usuário, seja o servidor. Sabemos que ninguém é salvador da pátria, ninguém vai ter dinheiro para resolver todos os problemas, ao mesmo tempo. Imprevistos acontecem, sabemos disso, mas vejo que precisamos planejar, você tem que ter prioridade das prioridade. Como ver isso? Através do contato com a comunidade, para a Prefeitura estar resolvendo cada situação, as prioridades, o que o gestor vai colocar primeiro para ser resolvido. Se a chefia do Poder Executivo fizer isso junto com a comunidade, ela vai estar junto com o Executivo, com certeza.
Nota da Redação: opinião da vereadoriável Tiana, que acompanhava a entrevistada: Prioridade! Principalmente a de cada bairro. Isso é muito importante. Cada setor é uma realidade.

A Prefeitura, num todo, não devia se aproximar mais da comunidade?
Nós pregamos isso em 2012 e eu volto a afirmar: precisa ser feito. Ah, mas a gente chama o povo para audiência pública e não vão!. A nossa cultura é que fomos acomodados, não gostamos de reunião... Ah, eu vou lá nessa audiência pública e vai ficar do jeito que eles querem mesmo, então não perderei meu tempo com audiência!... Mas é preciso persistir, ou então, divide as ações por bairros. Criar mecanismos para que realmente a comunidade marque presença. Ou, marcar reunião na casa de alguém, tomar um café, conversar com os vizinhos... Acho que tudo isso é possível fazer, com a Prefeitura tentando assimilar, praticar a prioridade das prioridades, desenvolvendo uma ação de cada vez.
Nota da Redação: da vereadoriável Tiana: Uma organização na cidade, com boa aparência, até chegar na beira do lago Serra da Mesa.

Na avaliação do Jornal Cidade, o trabalho em favor do turismo local se mostrou tímido, desde a Administração 1993-1996, quando já era sabido que o lago seria uma realidade. Hoje Uruaçu devia estar em patamar mais elevado.
Com certeza e, não trabalhar só o lago em si, porque hoje, por exemplo, é reclamado que tem pouca água. O que o povo vai fazer lá? Porém, temos que dá um jeito de melhorar a cidade nesse aspecto também, inclusive com uma aparência melhor na cidade e no lago, para que os visitantes se sintam mais acolhidos, para que a população seja atraída. Os comerciantes ribeirinhos e adjacentes precisam ser ouvidos sempre, pois têm muitas ideias e, vermos o que podemos fazer. Da mesma forma, os que lidam com hospedaria, que milita com gastronomia, os transportadores, os guias turísticos, os ambientalistas. Não tem dinheiro para realização de obras absurdas, mas é preciso a Prefeitura atender todas as prioridades principais de lá, para termos melhores atrativos, levando as pessoas a terem vontade maior de frequentar o lago. Melhorar e, conservar o que temos é fundamental, afinal, tudo que o município adquiriu é dinheiro de todos nós – Ah! foi prefeito fulano de tal que construiu!. Isso deve ser esquecido, porque assim nenhum prefeito futuro valorizará o que antecessores fizeram. Os benefícios são para o povo e é dinheiro nosso que está em cada estrutura implantada...

...Inclusive os parques, as praças...
...Indo ao Parque das Araras a gente fica triste. Sou apaixonada pelo Parque? Sou mesmo! Quem não lembra como era aquele espaço? Hoje está muito abandonado. É da nossa cidade e, não é porque a Marisa [Araújo; prefeita nos mandatos 2001-2004 e 2005-2008, ela faleceu em 2011] construiu, que deixa de interessar. Construiu para o povo, nós é que beneficiamos e, até então não tínhamos um lugar para fazer caminhadas. O povo fazia caminhadas no anel [rodoviário – avenida Juscelino Kubitschek], na rodovia [GO-237]. Depois passou a fazer no Parque das Araras, no Parque dos Buritis. Só que os dois estão dentro do mato. Da mesma forma, o Memorial Serra da Mesa carece de atenção...

...Memorial, que, até hoje, nem todos sabem a dimensão da importância dele...
...Uma das coisas mais lindas que tivemos a oportunidade de ter aqui está abandonado – Ah, mas não é obrigação da Prefeitura!. Quem beneficia disso? Somos nós, a população. O Memorial, na época em que foi construído, logo que foi inaugurado, recebia visitas de alunos de várias escolas, das universidades. Iam muito lá. Só que hoje o pessoal não tem mais esse reconhecimento pela e da história e, precisamos passar, mostrando isso, propor. Mas para você levar uma escola lá tem que ter uma aparência agradável e tudo isso tem um custo, sabemos disso – Ah, mas o município não tem dinheiro para tudo isso!. É preciso ver onde é possível apertar o cinto para poder cuidar da nossa cidade. Qual dos trevos está mais feio? Cada chegada da cidade devia ter aparência agradável. – Ah, mas não tem recurso para isso!. Eu repito: precisamos correr atrás, conversar com a comunidade, pois ela ajuda demais, quer ver Uruaçu bem. Se você tiver boa vontade e interesse a comunidade não deixa de ajudar. Ajuda sim.

Qual é o seu posicionamento em relação ao Fundo de Previdência do Município de Uruaçu (Uruaçu Prev)?
O pessoal está na luta e vejo falar que a prefeita vai retornar ao Regime Geral [Regime Geral de Previdência Social {RGPS}, que tem suas políticas elaboradas pelo Ministério da Previdência Social {MPS} e executadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social {INSS}]. Os funcionários se dividem hoje. Em 2012, o pessoal todo queria  e dizia que chegaria lá e retornaria ao Regime Geral, mas essa ideia já não está mais só no Regime Geral. O debate divide muito as ideias dos funcionários públicos. Quem defende a ideia de voltar ao Regime Geral é porque está preocupado... Se o administrador passado [Lourencinho {PTB}] não fez os repasses, se o atual não está fazendo. Quem garante que os futuros farão? Realmente é uma preocupação e a gente entende isso. Doutor Vercilei [José dos Santos – médico], sempre presente nas reuniões, quer que continue a Uruaçu Prev, falando toda vez dos prós e contras. O medo do funcionalismo é de realmente deparar com: – Ah, lá [INSS] também tem furo, no geral têm os rombos, tem no Banco Central, nos Correios, Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal e, aqui está mais próximo para podermos vigiar!. Outros avaliam que, se for no Regime Geral vai ter o Brasil inteiro para correr atrás. Diverge muito essa situação e eu volto a falar: se eles não resolverem isso nesse período [Administração atual], na condição de prefeita nós resolveríamos, com muita seriedade, fazendo valer a vontade do servidor, com certeza. Entre os meus projetos, consta que quero muito administrar, com a ajuda de toda a comunidade e, quando se tratar do que é direito, dever, do funcionário público, vamos conversar com eles para que possamos chegar a um denominador comum.

Uruaçu, cidade do coração do Brasil, tem jeito?
Eu quero muito acreditar que tem jeito sim e prego isso, mas sei que fácil não é! Eu sei que tem que apertar o cinto e, com isso você não consegue agradar 100 por cento. Mas eu acho que junto com a comunidade – sempre falo: se você trabalhar de comum acordo, não é difícil –, é mais viável. Eu vejo que não é diminuir ninguém você pedir opinião das pessoas, você trabalhar em comum acordo... – Ah, mas é porque não sabe administrar!... Não é isso e, claro que você não vai acatar qualquer ideia, pois  tem que saber peneirar isso. O primeiro ponto é ouvir as pessoas, conversar, elencar as prioridades das prioridades e sendo bem transparente com a população, mostrando: – Nós temos isso para fazer isso, o que nós podemos fazer com ele... Isso é importante, mostrar para as pessoas: cadê o dinheiro, em que área e de que forma o dinheiro está sendo empregado. Tem precatório para pagar, pague com esse dinheiro, pois a Prefeitura é obrigada a pagar. Não é que eu quero ser boazinha. Não é isso! Mas tem coisa que você tem obrigação de pagar dentro de determinadas normas. Uruaçu Prev: você tem obrigação de pagar e, se for lá para o Regime Geral vai pagar também, um valor até maior...

...Consignado...
...A Prefeitura não está fazendo favor para ninguém. É do salário do funcionário que tirou [descontou], o funcionário foi ao banco, pegou adiantado. A Prefeitura fez contrato com determinado banco autorizando o banco fazer isso e a Prefeitura assumindo o compromisso de descontar em folha, tirar do salário do funcionário para repassar ao credor. Tem quem afirma que o consignado é uma coisa fora, é um presente da Prefeitura para o funcionário, mas não vejo isso. Acaba que o funcionário recebe cartinha, com seu nome ficando com restrição e, todo funcionário se mostra contrariado. Tem gente que não preza essa questão de nome, mas tem muita gente que preza. Eu volto a falar: não é favor que a Prefeitura está fazendo para o funcionário, pois não é um prêmio. Se ele não tivesse ido lá e tomado o dinheiro emprestado do banco não teria que receber o salário integral? Então! E, ainda tem o Ipasgo: o povo chega [para atendimento médico e afins] em Ceres [cidade do Vale do São Patrício goiano], Goiânia, mas na hora de passar o cartão, o convênio Ipasgo está suspenso e o funcionário ou beneficiário dele fica sem atendimento. Ruim dentro de Uruaçu, pior quando a pessoa desloca da cidade. É a mesma coisa: a Prefeitura também descontou no salário do funcionário e não faz o repasse mensal de forma correta. Acho que tem que levar com mais seriedade as coisas.

Ipasgo: praticamente todo mês o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uruaçu (SINDIURUAÇU), presidido por Marinho, enfrenta dificuldades por causa do atraso no repasse dos recursos e acaba, sem ter culpa alguma, que arcar com despesas de juros e similares. É mais uma adversidade...
...Me parece que na época do doutor Edmundo [Filho; prefeito no mandato 1997-2000], a Prefeitura fez um convênio. Só que ficou uma dívida, do Ipasgo e, então a Prefeitura tem o nome sujo perante o Ipasgo. Não pode. Quando o funcionalismo quis que o Ipasgo fosse revitalizado a Prefeitura não tinha como proceder e, para fazer teria que pagar toda a dívida anterior. Como a Prefeitura não tinha recurso para isso foi feito através do Sindicato. É descontado do salário do servidor, mas o repasse é feito ao Sindicato com atraso por parte da Prefeitura.

No exercício do cargo de prefeita, buscaria recursos perante todas as opções legais ou se resumiria aos aliados políticos?
De jeito nenhum. Principalmente quem teve voto em Uruaçu. Precisamos de todos eles e precisamos abrir a mente para isso, porque, eleita prefeita, nós não iríamos trabalhar para a gente, mas a comunidade. Se é para a comunidade todo mundo que vem aqui pedir voto tem que dar sua contribuição. Quem comanda a Prefeitura tem que ir atrás sim. É um direito e dever estar indo...

...Saber separar?...
...Precisamos saber separar isso. A campanha acabou, acabou, eu não governo para quem votou em mim de maneira nenhuma, mas sim para o município inteiro. Na Câmara, ser vereador do município inteiro, da mesma forma o deputado estadual e o federal, o senador, o governador, o presidente da República. Temos que trabalhar em prol da comunidade para essa comunidade ter os benefícios. Por isso, é preciso ir lá no governador e em outras fontes. Podemos até não ser atendidos, mas temos que fazer a nossa parte. Vejo assim: se conversamos com as pessoas certas, corrermos atrás, podemos conseguir. Exemplo da Marisa: para a construção do Memorial Serra da Mesa, recebemos verbas do Demóstenes Torres [então senador], do Carlos Alberto Leréia [então deputado federal], adversários políticos. Ela conseguia conversar com essas pessoas e convencê-las que realmente precisava da contribuição. Se o candidato foi vitorioso e teve votos aqui ele tem um compromisso, uma obrigação.
Nota da Redação: da vereadoriável Tiana: A Marisa corria atrás de todo mundo e estava certa, porque o governador que está lá não é governador só de quem votou nele e sim de todo Estado. Buscar benefícios de todos os lados, não interessa quem está no poder. O importante é que o beneficio chega no município.

Uruaçu precisa ter deputado estadual daquele que na cidade reside. Concorda?
Já lutei demais por isso e, na condição de prefeita, faríamos o possível, trabalhar muito pela causa. Precisamos ter um representante e se não for possível eleger um nome nosso daqui – só que temos condições e eleitores para isso –, se fizer um bom trabalho por Uruaçu, também vale, mas o ideal seria alguém daqui. Precisamos mudar muito, para que Uruaçu seja beneficiada. Precisamos praticar mudanças nos governos. Provavelmente teremos mudanças no Brasil, para presidente. Tem que mudar tudo o que estiver errado! Vamos ter uma possibilidade muito grande, só que temos que chegar e começar a trabalhar, porque precisamos de apoio dos nossos vizinhos para eleger um deputado estadual de vínculos com Uruaçu, para fazer um trabalho aqui. Só que para isso precisamos é não deixar só para 2018, mas começar a fazer esse trabalho de início.

Seu plano de governo está na fase preparatória?
Estamos fazendo o possível para estar conversando ao máximo com a comunidade, inclusive dialogando com outros partidos recentemente e foi falado que alguns planos de governo estão prontos. Eu falei que o nosso não está, porque precisamos ouvir bem a comunidade. Primeiro, para podermos – claro, em toda conversa que temos levamos ideias novas –, chegar lá e rascunharmos. Depois, quando ficar mais próximo das eleições, reuniremos com o grupo para vermos o que dá para fazer. Essa preocupação de estar ouvindo a comunidade serve também para realmente termos um plano de governo pé no chão, aquilo que é possível fazer. Estamos ouvindo e veremos se a gente elabora um plano de governo com bastante seriedade, clareza. Eu lembro que em 2012, quando estávamos caminhando, a gente chegava nas casas e o povo falava que não precisava falar muito e nem fazer muito, apenas queriam que a Prefeitura limpasse nossa cidade, tapasse os buracos, colocasse lâmpadas nos postes, cuidasse da nossa saúde pública. Ouvi demais isso, que não é pedir muito: – Se vocês fizerem isso está de bom tamanho, não precisa preocupar com mais nada!.

Ou seja: ter vontade política e institucional é fundamental?
Foi um aprendizado muito grande que nós tivemos em 2012. Do contato que tivemos com as pessoas, o que elas falavam para a gente, o que almejavam, quais eram os sonhos delas. Isso fica guardado com a gente até hoje e, se Deus der essa oportunidade para nós, tentaremos trabalhar da melhor maneira possível, realmente cuidar da nossa cidade, cuidar do nosso povo. Todos nós merecemos uma cidade melhor, uma união maior para nossa cidade e essa coisa de rivalidade deixar para frente e com respeito, uma próxima campanha, porque precisamos trabalhar, somos amigos de todo mundo, moramos em uma cidade pequena, onde a maioria conhece todo mundo, precisamos uns dos outros, ninguém vive sozinho. Ninguém administra sozinho, pois não é o prefeito só. Se não tiver ajuda, se todo mundo que caminhou junto não tiver o interesse de fazer um trabalho voltado para a população, quem comanda a Prefeitura não consegue...

Eu, eu, eu!!!... Sozinho fica difícil...
...Ninguém dá conta sozinho e, fica um exemplo da campanha de 2014: o Estado em momento algum mostrou qualquer preocupação com falta de dinheiro. Pelo contrário: achei que eles não tinham nenhum problema nesse sentido, porque mostraram que estavam com o bolso cheio e o povo de Goiás não teria problemas. Isso em 2014! Quando foi em 2015, o governador chega lá [assume] e fala que o Estado está falido. Os funcionários são culpados? Um Estado funciona sem servidor? Não funciona. É preciso ter um gestor que pensa em tudo, que seja compromissado. Quando usei a palavra na reunião com o Ronaldo Caiado [senador {DEM}, dia 5 de dezembro em Uruaçu] disse que nunca sabemos quando é a hora, cada um teria que aprender a dizer que a oportunidade é agora, devo falar agora. E, nós precisamos prometer para as pessoas só aquilo que é possível fazer. Se você promete demais e depois não faz – é o que nós estamos tendo –, descrença o povo. Esta é uma culpa do próprio político, prometendo que faz, faz, faz. Depois fala que não fez porque não tem dinheiro.

Eunice, sobre os vereadoriáveis: "Lutaremos para eleger número máximo de colegas para a Câmara" 

(Jota Marcelo – JC Online)

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